Home Marcos 13:14-27 – O Sermão Escatológico de Jesus – Parte 2

Marcos 13:14-27 – O Sermão Escatológico de Jesus – Parte 2

Marcos 13:14-27 – O Sermão Escatológico de Jesus – Parte 2

O SERMÃO ESCATOLÓGICO DE JESUS

Parte 2

O início do sermão escatológico tem como foco a mensagem de que o juízo divino sobre o templo e sobre Jerusalém estavam próximos. A figueira não dava mais fruto, o templo não mais servia para adoração a Deus e por isso não ficaria mais pedra sobre pedra e aconteceria ainda naquela geração. Porém, os discípulos não deveriam ter medo ao ponto de se deixarem levar pelos falsos cristos e mestres e por falsos boatos, mas deveriam perseverar até o final, diante da perseguição e o sofrimento, pois, no fim, eles seriam salvos.

Sabemos que esse sermão de Jesus não é todo preterista (não fala apenas de algo que já aconteceu), nele também encontramos profecias futuristas (que acontecerão no tempo do fim) e que estão relacionadas com a volta de Jesus. Vimos na semana passada que a destruição do templo é como o início das dores. Pensando na analogia de uma mulher grávida, a destruição do templo é como as primeiras contrações que depois vai se intensificando até o nascimento do bebê. A intensidade do sofrimento aumenta, mas desde o primeiro momento há dores e quando a dor é mais forte o neném nasce. Do mesmo modo, quando as coisas estiverem insuportáveis para a igreja, Jesus voltará.

É sobre essa volta e os acontecimentos ligados a este fato que iremos estudar hoje. Lembrando que a maioria dos acontecimentos descritos nesse texto já se cumpriu, mas é uma prolepse dos acontecimentos dos últimos dias. Cristo responde para o contexto imediato, mas suas palavras revelam grandes coisas que se cumprirão apenas perto dos últimos dias. Como diz James: “Marcos 13 é orquestrado pelas estruturas de tempo antifonárias, alternando entre o futuro imediato (“essas coisas, levando à queda de Jerusalém) e um futuro derradeiro (“naqueles dias” da grande tribulação e parúsia). A articulação entre os dois futuros ocorre no “sacrilégio terrível no versículo 14”.

A grande tribulação, a volta de Jesus e a reunião dos eleitos (14-27)

“Quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’ no lugar onde não deve estar — quem lê, entenda — então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes. Quem estiver no telhado de sua casa não desça nem entre em casa para tirar dela coisa alguma. Quem estiver no campo não volte para pegar seu manto. Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para as que estiverem amamentando! Orem para que essas coisas não aconteçam no inverno. Porque aqueles serão dias de tribulação como nunca houve desde que Deus criou o mundo até agora, nem jamais haverá. Se o Senhor não tivesse abreviado tais dias, ninguém sobreviveria. Mas, por causa dos eleitos por ele escolhidos, ele os abreviou. Se, então, alguém lhes disser: ‘Vejam, aqui está o Cristo! ’ ou: ‘Vejam, ali está ele! ’, não acreditem. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão sinais e maravilhas para, se possível, enganar os eleitos. Por isso, fiquem atentos: avisei-os de tudo antecipadamente. “Mas naqueles dias, após aquela tribulação, ‘o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes celestes serão abalados’. “Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu. Marcos 13:14-27

A GRANDE TRIBULAÇÃO (14-23)

O versículo quatorze começa de uma forma enigmática: “Quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’ no lugar onde não deve estar — quem lê, entenda — então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes. O texto está se referindo a um acontecimento que servirá de prenúncio para um período muito terrível da história. Quando olhamos para o registro de Mateus do sermão escatológico ele nos informa que esse “sacrilégio terrível foi profetizado por Daniel. “Assim, quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’, do qual falou o profeta Daniel, no lugar santo — quem lê, entenda (Mt24:15)  e Daniel nos seus escritos mencionou este “sacrilégio terrível” pelo menos por três vezes, veja:

“Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana. No meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta. E numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível, até que chegue sobre ele o fim que lhe está decretado”. Daniel 9:27

“Suas forças armadas se levantarão para profanar a fortaleza e o templo, acabarão com o sacrifício diário e colocarão o sacrilégio terrível”. Daniel 11:31

“A partir do momento em que for abolido o sacrifício diário e for colocado o sacrilégio terrível, haverá mil e duzentos e noventa dias”. Daniel 12:11

Essas profecias de Daniel se cumpriram na história no ano 168 a.C, quando o general sírio Antíoco IV (Epifânio) erigiu uma estátua de Zeus dentro do templo de Jerusalém e sacrificou um porco em homenagem a esse deus. Essa atitude terrível e provocadora para os judeus provocou a revolta dos Macabeus. O livro apócrifo 1Macabeus que não é inspirado e por isso não faz parte do cânon bíblico, mas tem um valor histórico, registra assim esse momento:

“O rei Antíoco mandou por escrito, a todo o seu reino, que todos formassem um só povo e cada um renunciasse à sua própria lei. Muitos de Israel consentiram na religião dele e começaram a sacrificar aos ídolos e a profanar o sábado. Além disso, o rei mandou decretos por meio de mensageiros, a Jerusalém e às cidades de Judá, para que adotassem as leis das nações da terra:  ficavam proibidos os holocaustos e sacrifícios e expiações no templo de Deus, e deviam profanar os sábados e as festas, e macular o Santuário e as pessoas consagradas. Por outro lado, deviam levantar altares e templos e ídolos, e imolar porcos e outros animais impuros. Deviam também deixar seus filhos incircuncisos e profaná-los com todo tipo de impureza e contaminação, de modo que viessem a se esquecer da Lei e a mudar todas as observâncias. E todo aquele que não agisse de acordo com a palavra do rei, seria morto.  Foi nesses termos que o rei Antíoco escreveu a todo o seu reino. Nomeou inspetores para todo o povo, e ordenou às cidades de Judá que, uma após outra, oferecessem sacrifícios. Muitos do povo se uniram a eles, todos os que haviam abandonado a lei do Senhor e praticaram o mal na terra. Assim obrigaram Israel a se esconder e a permanecer em lugares de refúgio. No dia quinze do mês de Casleu, do ano cento e quarenta e cinco, Antíoco levantou sobre o altar dos holocaustos a abominação desoladora. Também pelas cidades de Judá ao derredor ergueram-se altares, e queimavam incenso diante das portas das casas e nas ruas. Os livros da Lei que fossem descobertos, eles os rasgavam e lançavam ao fogo. Onde quer que fosse encontrado um livro da Aliança, numa casa, ou se alguém estivesse seguindo a Lei, o decreto do rei condenava-o à morte. Como tivessem o poder, infligiam isto a Israel, a todos os que fossem descobertos, mês por mês, nas várias cidades.  No dia vinte e cinco de cada mês ofereciam sacrifícios no altar que fora erguido sobre o altar dos holocaustos. As mulheres que haviam circuncidado seus filhos eram punidas de morte, segundo o decreto, sendo seus filhinhos estrangulados, as casas destruídas, e mortos também os que haviam praticado a circuncisão. Todavia, muitos em Israel permaneceram firmes, decididos intimamente a não comerem nada impuro. Preferiam morrer a se contaminar com esses alimentos, profanando a Aliança sagrada. De fato, muitos morreram. Assim, desencadeou-se uma ira terrível sobre Israel”. (1Macabeus 1.41-64)

Marcos então chama a atenção para que o povo de Deus ficasse atento quando um acontecimento semelhante a esse acontecesse em Jerusalém, especialmente no templo, pois era hora de fugir para os montes. quem lê, entenda — então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes” (14)

Lucas em sua passagem correlata apresenta outro detalhe importante. Ele diz: “Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a sua devastação está próxima”. (Lc 21:20)

No ano 70 d.C se cumpriu as palavras de Jesus deste sermão. Jerusalém foi cercada pela décima legião romana comandada pelo general Tito que destrói o templo, o que ficou conhecido como “A Guerra dos Judeus”.

Por isso, as palavras de Jesus estão carregadas do contexto histórico, ele diz:  Quem estiver no telhado de sua casa não desça nem entre em casa para tirar dela coisa alguma. Quem estiver no campo não volte para pegar seu manto. Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para as que estiverem amamentando! Orem para que essas coisas não aconteçam no inverno. (15-18). Uma descrição própria do tipo de residência, das roupas, do trabalho e do clima que existia naquela época. Ainda dentro desse contexto histórico Mateus registra outro detalhe interessante: “Orem para que a fuga de vocês não aconteça no inverno nem no sábado”. (Mt 24:20). Ele diz que os discípulos deveriam oram para que a fuga não se desse no inverno nem no sábado, mas porque não no sábado? Porque ele está se referindo a um contexto em que ainda estava vigorando fortemente as tradições dos fariseus com relação ao sábado (profundamente refutadas por Jesus) e muito provavelmente não se teria nenhuma ajuda nesse dia. De fato foi um tempo terrível!

Muito embora encontremos o momento histórico que as profecias de Jesus se cumpriram naquela geração, essas palavras também se aplicarão há um terceiro momento que ainda está por vir e que será o pior de todos. Esse momento é conhecido como a “grande tribulação”.  Nesse sermão, vemos Jesus fazendo uma sucessão imediata: primeiro os acontecimentos da grande tribulação e em seguida a sua volta. Mas naqueles dias, após aquela tribulação, ‘o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes celestes serão abalados’. “Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu (24-27).

Logo, este sermão gera um grande debate escatológico, o que nos leva a três linhas de interpretação. Há quem considere que o sermão todo descreve a destruição de Jerusalém. Estes, tentam interpretar os versículos 24 e 25 de uma forma não literal e os sinais dos céus significariam uma tragédia política e a volta de Jesus, o resgate realizado por Cristo de seu povo do exílio. Outra linha de pensamento separa o texto em duas partes: dos versículos 5-23, que se referem somente a destruição de Jerusalém no ano 70.dC e os versos 24-27, que tratam da volta de Cristo. E a maioria dos teólogos afirmam que essa passagem diz respeito principalmente a destruição de Jerusalém e também são acontecimentos tipológicos da crise que acontecerá imediatamente antes da segunda vinda de Cristo.

Concordo com a terceira linha de pensamento. O texto parece ser uma prolepse dos acontecimentos dos últimos dias. Se de fato esta linha de pensamento está certa teremos um novo momento terrível que precisará ser também prenunciado por um “sacrilégio terrível”.  E esse momento se dará quando o anticristo surgir exigindo adoração de si mesmo como se fosse Deus. Veja como Paulo descreve esse acontecimento em 2Tessalonissences 1-4:

“Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reencontro com ele, rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do Senhor já tivesse chegado. Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, a ponto de se assentar no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus”. (2 Tessalonicenses 2:1-4)

Depois do esfriamento do amor de muitos que se dizem cristãos (apostasia) será revelado o filho da perdição, que é a própria encarnação de satanás. Esse homem se auto proclamará Deus e desejará adoração. Nesse momento iniciará a última e grande tribulação, a igreja será perseguida como nunca foi na história e como diz o texto, se Deus não atuasse por amor dos eleitos abreviando esse momento de dor, ninguém sobreviveria.

A igreja, portanto, não é poupada da “grande tribulação”, mas enfrenta esse terrível momento até a volta de Jesus. Mesmo que o texto demonstre uma terrível expectativa, também apresenta razões suficientes para encaramos esse momento com força perseverante, uma vez que, ele diz que o amor de Deus estará sobre nós e que no fim a vitória é nossa porque Jesus voltará. Que possamos nos apegar a essa concreta e viva esperança!

A VOLTA DE JESUS (24-26)

O sermão escatológico aponta para uma doutrina inexorável: “A volta de Jesus”. O Senhor voltará, independente daquilo que o homem pensa ou acredita. Ele voltará! E essa profecia podemos tomar como literal e certa. Essa é uma das doutrinas centrais do cristianismo, na qual os cristãos se apegam com todo o coração. É o símbolo e o sinal da vitória definitiva da igreja e o marco de um novo tempo de plenitude e paz eterna com Deus.

A volta será precedida por uma catástrofe cósmica. O texto diz:  ‘o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes celestes serão abalados’(24-25).

Pedro descreve a volta de Jesus com esse mesmo clima de abalo cósmico: “O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada”(2 Pedro 3:10).

Essa é uma descrição que demonstra que a volta de Jesus significará juízo contra o mundo. O Senhor voltará para resgatar definitivamente seus eleitos e estabelecer juízo contra toda impiedade que há no mundo.

A volta de Jesus será visível e gloriosa. O texto diz: “Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. (Marcos 13:26)

Na primeira vinda, muitos não o conheceram e outros o rejeitaram, mas na sua volta todos o verão. Como diz apocalipse 1.7: Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém”. Apocalipse 1:7

Sua volta será visível e gloriosa. “Não haverá um arrebatamento secreto e só depois uma volta visível. Sua vinda é única, poderosa e gloriosa. Jesus aparecerá no céu. Ele descerá nas nuvens com grande esplendor, acompanhado dos seus anjos e dos remidos. Todos os povos que o rejeitaram irão se lamentar. Aquele será um dia de trevas e não de luz para eles. Um dia de juízo. No entanto, um dia de grande vitória para igreja de Deus, pois os eleitos serão reunidos para estar com o seu amado Senhor.

A REUNIÃO DOS ELEITOS (27)

E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu. Marcos 13:27

Na volta de Jesus, os anjos juntarão os eleitos de todo o mundo. “Dos quatro ventos”  significa “dos quatro cantos da terra”. A igreja que estiver militando, próximo do fim será reunida para estar com o seu Senhor.

O texto refere-se a igreja como “os seus eleitos” para mostrar claramente que Deus é soberano para eleger, cuidar, proteger e salvar os seus. A eleição é uma doutrina bíblica pouco conhecida pela igreja e muito rejeitada devido à desinformação. Desde o livro de Genesis até o livro do apocalipse encontraremos referências à doutrina da eleição. E portanto, não podemos fechar os nossos olhos para esta linda doutrina.

Quero de uma forma breve explicar o que a Bíblia diz a respeito desse assunto. Não irei citar todos os versículos sobre esta doutrina, até porque são muitos, e em outra oportunidade, se Deus permitir, escreverei um sermão apenas para falar desse assunto. Entretanto quero que pelo menos você compreenda a ordem da salvação (Ordo Salutis). Isso irá ajudá-lo a compreender e se encantar ainda mais com o amor de Deus por você.

Eleição

Vemos nas Escrituras Sagradas que o Senhor desde a eternidade escolheu aqueles que ele quis salvar através da sua soberana e boa vontade, com a intenção de demonstrar o seu poder e a sua glória.

Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. Efésios 1:4-6

Chamado

Deus elegeu na eternidade, mas no tempo e na história Ele chama pessoas para si mesmo através da pregação do evangelho. Por isso, a necessidade de pregar o evangelho, porque somente por meio da pregação os eleitos podem ser despertados da morte espiritual e assim receber o dom da vida.

Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou. Romanos 8:29,30

O chamado de Deus é eficaz através da proclamação do evangelho e obra do Espírito Santo. Todo o eleito ouvindo a voz do seu Senhor atende a esse chamado.

Mas nós, devemos sempre dar graças a Deus por vocês, irmãos amados pelo Senhor, porque desde o princípio Deus os escolheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espírito e a fé na verdade. Ele os chamou para isso por meio de nosso evangelho, a fim de tomarem posse da glória de nosso Senhor Jesus Cristo. 2 Tessalonicenses 2:13,14

Regeneração

Deus secretamente faz um milagre dentro dos corações dos eleitos que foram chamados e concede a eles vida espiritual (regeneração ou novo nascimento). É partir desse momento que eles podem compreender as coisas espirituais e responder a Deus com fé e arrependimento.

Na obra da regeneração não exercemos nenhum papel ativo. Trata-se, ao contrário, de uma obra totalmente de Deus.

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 1 Pedro 1:3

Por sua decisão ele nos gerou pela palavra da verdade, para que sejamos como que os primeiros frutos de tudo o que ele criou. Tiago 1:18

Em resposta, Jesus declarou: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”. Perguntou Nicodemos: “Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer! ” Respondeu Jesus: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito. Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É necessário que vocês nasçam de novo. O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito”. João 3:3-8

Conversão

É a resposta dos eleitos ao chamado de Deus. Respondemos com fé e arrependimento.

Ouvindo isso, os gentios alegraram-se e bendisseram a palavra do Senhor; e creram todos os que haviam sido designados para a vida eterna. Atos 13:48

“Portanto, que todo Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo”. Quando ouviram isso, os seus corações ficaram aflitos, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Irmãos, que faremos? “
Pedro respondeu: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo. Atos 2:36-38

Pois, da mesma forma que o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, o Filho também dá vida a quem ele quer dá-la. Além disso, o Pai a ninguém julga, mas confiou todo julgamento ao Filho, para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou. “Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida. João 5:21-24

Justificação

A justificação é ato de Deus que declara de uma forma legal que os pecadores estão perdoados. Deus justifica o pecador e perdoa todos os seus pecados no momento que ele deposita a sua confiança em Jesus Cristo.

Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à lei, pois é mediante a lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado.
Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem. Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Romanos 3:20-24

Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Romanos 5:1

Adoção

Deus não apenas perdoa os pecados e declara justos os eleitos, em Cristo Jesus, mas também agora os adota como filhos.

Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho aos seus corações, o qual clama: “Aba, Pai”. Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro. Gálatas 4:4-7

Santificação

Santidade é o sinal visível de uma eleição invisível. Os eleitos foram chamados para viver uma vida para glória de Deus, seguindo o exemplo de Jesus Cristo. Santificação é a salvação em processo. Em um ato, simultaneamente, fomos regenerados por Deus, nos convertemos a Ele, somos justificados e adotados como seus filhos. E agora atua em nós o Espírito Santo, que vai transformando a nossa vida à imagem de Jesus. Nessa fase da salvação Deus faz tudo e nós fazemos tudo. Como diz John Piper: “O trabalho de Deus em nós não elimina o nosso trabalho; ele o permite. Nós trabalhamos por que Ele é quem trabalha em nós. Portanto, o trabalho pela alegria é possível por que Deus está lutando por nós e através de nós. Todos os nossos esforços são devido ao Seu profundo trabalho dentro e através de nossa disposição e trabalho.

Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas em minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor, pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele. Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo, Filipenses 2:12-15

Perseverança

É o esforço que precisamos fazer para nos mantermos no caminho e a segurança que temos de que nunca nos desviaremos dEle porque estamos guardados, em Cristo, por Deus. O eleito perseverará até o fim!

Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado, pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio. Hebreus 3:12-14

Glorificação

A glorificação é a última etapa da redenção. O Senhor Jesus depois que voltar ressuscitará dentre os mortos todos os eleitos de todas as épocas em um corpo incorruptível e transformará os corpos de todos os crentes que permanecerem vivos, dando assim, a todos os eleitos um corpo ressuscitado perfeito igual ao seu para viver eternamente com Deus.

Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.  Romanos 8:29,30

Então, no fim, os eleitos de Deus que pertencerem a geração que contemplará a volta de Jesus serão reunidos pelos anjos para estar com o Senhor.

Aplicações Finais

1 – Cuidado com o seu coração você foi chamado por Deus para perseverar;

  • O tempo do fim será caracterizado pela sedução de Satanás.

2 – Deus é soberano e muito maior que as forças do mal;

3 – Deus cuida dos seus eleitos;

4 – Os anjos ajuntarão para Deus apenas o trigo, o joio será queimado (13.36-43);

5 – É certo, Jesus irá voltar. Não sabemos quando, mas precisamos estar preparados.


Referências Bibliográficas

  1. Beale, G.K. Teologia bíblica do Novo Testamento: a continuidade teológica do Antigo Testamento no Novo, São Paulo: Vida Nova, 2018.
  2. Carson, D.A. O comentário de Mateus, São Paulo: Shedd Publicações, 2010.
  3. Edwards, James R. O comentário de Marcos,  São Paulo: Shedd Publicações, 2018.
  4. Halley, Henry Hampton, Manual Bíblico de Halley, São Paulo: Editora Vida, 2001.
  5. Lopes, Hernandes Dias – Marcos: O evangelho dos milagres – São Paulo, SP – Hagnos 2006.
  6. Osborne, Grant R. Marcos,  São Paulo: Vida Nova, 2019.

Author: SIBA

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